quarta-feira, 28 de outubro de 2020

DOM DA PREMONIÇÃO, SIMPLES COINCIDÊNCIA E OUTRAS PROBABILIDADES

 


 


  

Prof. Dr. Osvaldo Vargas Jaques(*)

ojacques@comp.uems.br

 

 

A Revista Cálculo: Matemática Para Todos, n. 27, ano III, publicou um artigo com o título Premonição de Morte. Não quero destronar os verdadeiros profetas, mas colocar a plebe ignara (nós) para pensar antes de buscar efeitos especiais do Grande e Supremo Arquiteto do Universo (DEUS, BRAHMA, TUPÃ, JEOVÁ, ALÁ, MANITU...).

 

Vamos aos fatos resumidos desse artigo, atualizando para as informações mais atuais. O artigo cita que segundo o doutor em psicanálise Luiz Carlos Tarelho, "todo mês, dois entre dez pacientes conversam sobre sonhos em que algum conhecido morreu". Ou seja, 20% dos brasileiros tem um sonho em que alguém conhecido morre (parente, amigo, celebridade). Existem aproximadamente 208,5 milhões de pessoas no Brasil (IBGE 2018). Então 208.500.000 x 20% = 41.700.000 pessoas sonham pelo menos uma vez ao mês, que alguém conhecido morre. Dividindo por 30 dias temos um total de 41.700.000/30=1.390.000 brasileiros sonhando por dia que algum conhecido morreu.

 

Segundo o IBGE, em 2018, morreram 1.283.496 brasileiros. Aproximadamente 1.283.486/208.500.000 ≃ 0,6% da população. Uma média aproximada de 3.500 pessoas morrem por dia (1.283.496/365  3.516).

 

Qual a probabilidade de óbito por dia, para um população de 208,5 milhões? O quociente do número de eventos favoráveis dividido pelo número de eventos total.

 

Então a Pr(O), probabilidade de óbito por dia é Pr(O)=3.500/208.500.000  0,0016%.

 

Com 1.390.000 brasileiros sonhando com morte todo dia, o número esperado de sonhos "cuja profecia se realiza" é 1.390.000 0,0016%  23.

 

Então todo dia, no Brasil, 23 pessoas sonham que alguém conhecido morre e no outro dia esse alguém morre. Em um ano, 23x365=8395 "profetas", em 5 anos, quase 42.000 "profetas", juram de pé junto (opa!), que foram agraciados por um ser divino ou espiritual com essa revelação.

 

Sem política nenhuma, esta análise pode ser estendida para o problema da pandemia do covid-19.

Hoje, segundo informes, temos um total de 5 milhões de infectados, o que dá menos de 2,5 % de infecções no Brasil. Isto significa que tomando água, cachaça, ou fazendo a oração dos três pulinhos, a probabilidade de não pegar a doença e 97,5%. Os métodos de evitar aglomerações, abraços e uso de máscaras são apontados pelas pesquisas como um dos fatores que também ajudaram a diminuir a probabilidade de infecção. Essas informações podem ser vistas nas reportagens sobre a pandemia no dia a dia das reportagens ou no site https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html.

 

Ocorreram 150 mil óbitos, ou seja 150.000/5.000.000 = 3%. Se existirem 400 mil médicos no país tratando das infecções de covid-19, a estimativa é que 400.000 x 3% = 12.000 médicos percam pacientes e que 388 mil médicos não percam pacientes com covid, não importando o medicamento, desde que não seja veneno. Ou seja, encontraremos muitos, mas muitos médicos que não perderam pacientes.

 

Vemos que até aqui analisamos probabilidades médias, que podem variar. Antes de fechar este ensaio, um amigo lembrou que se apostarmos no jogo das seis dezenas, a probabilidade de ganharmos é 1 em 50.063.860, o que corresponde a 0,000002% de chance de ganhar. Isso significa que a cada jogo,  208.500.000 x 0,000002%  0,4 brasileiros ganham. Contudo, volta e meia, mais de um brasileiro acerta. Volta e meia, alguém fica rico em Las Vegas. A Lei das Médias no mundo dos jogos estilo roleta nos diz que enquanto você tiver ganhando, jogue, mas quando começar a perder, caia fora, pois após uma certa quantidade de repetições nos aproximamos da média, onde você perde e a banca ganha. É o mundo da convivência com probabilidades que nos faz olhar para os lados da rua antes de atravessar. Contudo, ninguém olha para cima, para verificar se um meteorito, um cofre ou piano está caindo. Isso porque na média, a probabilidade disso acontecer é muito pequena e portanto, desprezamos.

 

Embora não tenha analisado nenhuma estatística, provavelmente todos os dias alguém sonha que algum avião cai e uma represa se rompe e nada acontece. Novamente, porque na média a probabilidade disso acontecer é irrisório. É improvável, não é impossível.

 

A idéia aqui é apenas uma reflexão sobre como podemos ser induzidos a erros. Como disse Teilhard de Chardin"quanto mais espiritualizo a matéria, mais materializo minha convicção em Deus”Ter convicção não implica em crença sem uso da razão. Será que para Deus nada é impossível ou nada é improvável? Improvável é a probabilidade muito próxima de zero, mas não é zero. Se o Grande Arquiteto criou leis não creio que o mesmo violaria suas próprias leis. Penso que desconhecemos muitas variáveis. Pela falta de conhecimento, consideramos algumas coisas impossíveis, quando na verdade são improváveis. Assim, para Deus nada é improvável, sempre existem variáveis que nós, míseros humanos desconhecemos.

 

Análise aguçada não significa não acreditar, mas é um modo de evitar ilusões e mistificações.

 

(*) O Autor é:

 

Bel. em Ciência da Computação – UFMS

Com Especialização em Gestão Empresarial - UNIDERP/UFRGS

Mestre em Informática – UFPR

Doutor em Física Aplicada: Computação – Instituto de Física de São Carlos -     IFSC - USP

 

quinta-feira, 2 de julho de 2020

A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NOS CEIS DE BONITO - MS


  • Discente: 
    • Marcia Pires dos Santos
  • Orientador(a): 
    • Marta Regina Brostolin
  • Resumo: 
    O presente trabalho está vinculado à linha de pesquisa Práticas Pedagógicas e suas Relações com a Formação Docente, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (PPGE-UCDB). O problema de pesquisa originou-se de questões que contribuíram para uma compreensão melhor de como acontece o processo de inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil dos CEIs de Bonito e quais as dificuldades e possibilidades encontradas para superar os desafios vivenciados no processo de inclusão? A pesquisa tem por objetivo analisar o processo de inclusão das crianças com deficiência na Educação Infantil nos CEIs de Bonito - MS e por objetivos específicos: identificar as crianças com deficiência matriculadas na Educação Infantil nos Centros de Educação Infantil de Bonito - MS; investigar a formação dos professores, dificuldades e desafios enfrentados no trabalho com as crianças com deficiências; compreender o conceito de inclusão a partir das políticas e legislações oficiais e levantar os recursos disponíveis e as orientações oferecidas pela Secretaria Municipal de Educação para o trabalho pedagógico com crianças com deficiências. A pesquisa ancora-se teoricamente em autores como Kramer, (1993, 1995); Kuhlmann, (2001,2015); Oliveira, (2002) e Brostolin; Rosa (2014) sobre o histórico do atendimento da criança no Brasil; Jannuzzi (2012. Drago (2014) referentes à inclusão e exclusão no Brasil sobre o atendimento das pessoas com deficiência dentro do sistema regular de ensino e Carvalho (2005); Mantoan; Prieto (2006) para falar sobre os desafios da inclusão na educação infantil. A pesquisa foi realizada em três Centros de Educação Infantil - CEIs, com quatro professoras regentes e uma professora da Disciplina de Artes e Movimento, tendo como critério de escolha professores que tinham criança com deficiência na sala de aula. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a entrevista semiestruturada e a pesquisa documental. A análise dos dados organizou-se a partir dos objetivos da pesquisa e por meio de quatro eixos temáticos: Eixo 1- Perfil dos professores. Eixo 2- As experiências docentes na Educação Infantil. Eixo 3- Formação e orientações oferecidas pela SEMEC. Eixo 4 – Políticas de Inclusão. A pesquisa evidencia ser fundamental que o professor conheça a deficiência de seu educando, suas capacidades e necessidades individuais, assim como ter recursos adequados para promover a aprendizagem dessa criança. Constatou-se também a necessidade de trabalho colaborativo entre os profissionais dos CEIs, por meio da comunicação que permita a troca de informações sobre as dificuldades das crianças e a organização do trabalho pedagógico em equipe.

    Palavras-chave: Educação Infantil. Criança com deficiência. Inclusão. CEIS.
  • Data da Defesa: 05/03/2020
  • Download: Clique aqui

terça-feira, 30 de junho de 2020

PLANEJAMENTO COLABORATIVO NA EJA – UMA EXPERIÊNCIA BASEADA NO DIÁLOGO ENTRE COORDENAÇÃO, PROFESSORES E TECNOLOGIAS


  • Discente: 
    • Giovana Barreto Nogueira Scavassa
  • Orientador(a): 
    • Maria Cristina Lima Paniago
  • Resumo: 
    A dissertação faz parte da conclusão do Mestrado em Educação, realizado pelo Programa de Pós-graduação, Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Católica Dom Bosco - UCDB, e pertence à linha de pesquisa Práticas Pedagógicas e suas Relações com a Formação Docente. O estudo objetivou analisar o processo desenvolvido na prática do planejamento colaborativo na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Baseou-se na percepção dos docentes sobre sua prática pedagógica e no diálogo permanente com a coordenação, identificando o uso das tecnologias a favor do processo de elaboração e aplicação do planejamento nessa instituição e analisando as ferramentas inseridas na proposta do planejamento colaborativo; o processo de construção do planejamento colaborativo com as tecnologias; e as implicações do planejamento colaborativo na prática. Para tanto, é uma pesquisa qualitativa com a utilização da entrevista narrativa como instrumento de coleta de dados, além da construção do estado do conhecimento e do referencial teórico sobre a prática do planejamento colaborativo no contexto da EJA. A partir da análise dos dados foi possível perceber a importância do planejamento colaborativo como prática pedagógica e observar que a participação de todos na organização dos estudos foi fundamental para potencializar o trabalho em equipe. Os professores obtiveram ganhos significativos em suas ações e puderam estabelecer relações de trocas e parcerias, além da obtenção de ganhos em relação à frequência e permanência dos alunos nas aulas. Também foi possível constatar que o uso das tecnologias foi fundamental para facilitar os “encontros” e trocas de ideias entre os pares. Constataram-se também alguns fatores que prejudicam o andamento do trabalho, como a falta de estrutura física e material. As formações externas são pouco voltadas para as reais necessidades da EJA, e os poucos encontros previstos em calendário, além da falta de autonomia para organização de estudos da própria equipe, dificultam um pouco. Portanto, como principais considerações, apresenta-se a relevância da proposta do planejamento colaborativo aos professores da EJA, desde os aspectos teóricos à importância do trabalho em equipe, para que a ideia sirva de inspiração a outras instituições. Acreditamos ter atingido os objetivos deste estudo e contribuirmos com sugestões e referências que possam ser aproveitadas por outros profissionais.
    Palavras-chave: Prática Pedagógica. Planejamento Colaborativo. Tecnologias.
  • Data da Defesa: 18/02/2020
  • Download: Clique aqui

sábado, 27 de agosto de 2016

Como identificar e parar os manipuladores: 8 dicas para mantê-los à distância ou se libertar - Preston Ni

56083 Shares
Escrito por Preston Ni
28
“Há aqueles cuja principal habilidade é fazer girar as rodas de manipulação. É a sua segunda pele e se estas rodas param de girar, eles simplesmente não sabem o que fazer “.
– C. JoyBell C.
Manipulação psicológica pode ser definida como o exercício de influência indevida  através da distorção mental e exploração emocional, com a intenção de tomar o poder, controle, benefícios e privilégios às custas da vítima.



É importante distinguir a influência social saudável da manipulação psicológica. A influência social saudável ocorre entre a maioria das pessoas, e faz parte do dar e receber das relações construtivas. Na manipulação psicológica, uma pessoa é usada para o benefício de outra. O manipulador deliberadamente cria um desequilíbrio de poder, e explora a vítima para satisfazer a sua vontade.
A maioria dos manipuladores possui quatro características comuns:
1-Eles sabem como detectar seus pontos fracos.
2-Uma vez encontrado, eles usam suas fraquezas contra você.
3-Por meio das suas astutas maquinações, eles convencem você a desistir de algo que você quer, a fim de servir aos interesses dele(a).
4-No trabalho, e situações familiares ou sociais, uma vez que o manipulador consegue tirar vantagem de você, ele ou ela provavelmente vai repetir a violação, até que você coloque um fim à exploração.
As causas da manipulação crônica são complexas e profundas. Mas independente do que impulsione o indivíduo a ser psicologicamente manipulador, não é fácil quando você está no outro lado, recebendo a agressão. Como alguém pode gerenciar com sucesso tal situação? Aqui estão oito chaves para lidar com pessoas manipuladoras. Nem todas as dicas abaixo podem se aplicar à sua situação específica. Basta usar o que funciona e deixar o resto.

1. Conheça os seus direitos humanos básicos 

A orientação individual mais importante quando você está lidando com uma pessoa psicologicamente manipuladora é conhecer os seus direitos e reconhecer quando estão sendo violados. Contanto que você não prejudique os outros, você tem o direito de se defender e defender seus direitos. Por outro lado, se você trazer prejuízos para os outros, você pode perder esses direitos. A seguir estão alguns dos nossos direitos humanos básicos:
Você tem o direito de ser tratado com respeito.
Você tem o direito de expressar seus sentimentos, opiniões e desejos.
Você tem o direito à sua própria lista de prioridades.
Você tem o direito de dizer “não” sem se sentir culpado.
Você tem o direito de obter o que você paga.
Você tem o direito de ter opiniões diferentes dos outros.
Você tem o direito de cuidar e se proteger de ameaças físicas, mentais e emocionais.
Você tem o direito de criar a sua própria vida feliz e saudável.
Estes direitos humanos básicos representam as suas fronteiras.
É claro que a nossa sociedade está cheia de pessoas que não respeitam estes direitos. Manipuladores psicológicos, em particular, querem privá-lo de seus direitos para que eles possam controlar e tirar proveito de você. Mas você tem o poder moral e legítimo para declarar que é você, não o manipulador, quem está no comando da sua vida.

2. Mantenha distância




Uma forma de detectar um manipulador é ver se ela age com ´´perfis´´ diferentes na frente de pessoasdiferentes e em diferentes situações. Enquanto todos nós temos algum grau de diferenciação social, os manipuladores psicológicos tendem a habitar em condições extremas, sento altamente educados com uma pessoa e completamente rudes com outra, ou totalmente cuidadosos em um momento e ferozmente agressivos em outro. Quando você observar este tipo de comportamento a partir de um indivíduo, de modo regular, mantenha uma distância saudável e evite se envolver com a pessoa, a menos que seja absolutamente necessário. Como mencionado anteriormente, as razões para a manipulação psicológica crônica são complexas e profundas. Não é seu trabalho alterar ou salvá-los.

3. Evite a personalização e a auto-culpa

Já que a agenda do manipulador é procurar e explorar seus pontos fracos, é compreensível que você se senta inadequado, ou até mesmo se culpe por não satisfazer o manipulador. Nestas situações é importante lembrar que você não é o problema; você está simplesmente sendo manipulado para se sentir mal, ficando mais suscetível para entregar os seus poderes e direitos. Considere o seu relacionamento com o manipulador, e faça as seguintes perguntas:
Estou sendo tratado com respeito genuíno?
As expectativas e demandas dela sobre mim são razoáveis?
Existe apenas uma, ou as duas pessoas desta relação estão se doando para mantê-la?
Em última análise, eu me sinto bem comigo mesmo nesta relação?
Suas respostas a estas perguntas lhe darão importantes pistas sobre se o “problema” na relação é com você ou com a outra pessoa.

4. Coloque o foco neles, fazendo perguntas de sondagem

Inevitavelmente, manipuladores psicológicos vão fazer pedidos (ou exigências) de você. Estas “ofertas” muitas vezes fazem você sair do seu caminho para satisfazer as suas necessidades. Quando você ouvir uma solicitação irracional, às vezes é útil colocar o foco de volta no manipulador, fazendo algumas perguntas de sondagem para ver se ela(e) tem suficiente auto-consciência para reconhecer a injustiça da sua intenção.
Quando você fizer essas perguntas, estará colocando um espelho, de modo que o manipulador possa ver a verdadeira natureza do seu estratagema. Se o manipulador tiver um grau de auto-consciência, ele ou ela provavelmente vai retirar a demanda e recuar.

5. Use tempo a seu favor


Além de pedidos irracionais, o manipulador, muitas vezes, também espera uma resposta imediata de você, para maximizar a pressão e seu controle sobre você na situação. (Vendedores chamam isso de “fechar o negócio”.). Nestas situações, em vez de responder de imediato ao pedido do manipulador, considere usar o tempo a seu favor, e se distancie da sua influência imediata. Você pode exercer liderança sobre a situação simplesmente dizendo:
“Eu vou pensar sobre isso.”
Considere o quanto estas palavras são poderosas de um cliente para um vendedor, ou de você para um manipulador. Aproveite o tempo que você precisa para avaliar os prós e os contras da situação, e considerar se você quer negociar um acordo mais justo, ou se você ficará melhor dizendo “não”, o que nos leva ao nosso próximo ponto:

6. Saiba como dizer “não” – diplomaticamente, mas com firmeza

Para dizer “não” diplomaticamente, mas com firmeza, é  preciso praticar a arte da comunicação. Efetivamente articulado, ele permite que você fique firme, ao mesmo tempo que mantém uma relação viável. Lembre-se de que os seus direitos humanos básicos incluem o direito à sua própria lista de prioridades, o direito de dizer “não” sem se sentir culpado, e o direito de escolher a sua própria vida feliz e saudável.

7. Enfrente os bullyings com segurança

Um manipulador psicológico também se torna um bullyinador quando quer intimidar ou magoar outra pessoa.
A coisa mais importante a ter em mente sobre os bullyinadores é que eles escolhem aqueles que eles percebem como mais fracos, por isso, quando você permanece passiva e complacente, tornar-se um alvo. Bullyinadores são covardes. Quando seus alvos começam a mostrar suas garras e lutar por seus direitos, muitas vezes recuam. Isto é verdade nos pátios das escolas, bem como em ambientes domésticos e de escritório.

8. Elenque as consequências

Quando um manipulador psicológico insiste em violar seus limites e não aceitam um “não” como resposta, fale das conseqüências.
A capacidade de identificar e afirmar conseqüências é uma das habilidades mais importantes que você pode usar para “se livrar” de uma pessoa difícil. Efetivamente articulada, a consequência dá uma pausa para manipulador, e o obriga a mudar do tirano ao respeitoso.
Fonte secundária: http://www.psiconlinews.com/2014/12/como-identificar-e-parar-os.html

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

As injunções da Sra. Ayoubi - Por Gregorio Vivanco Lopes


 14-12-2015
 
 

As injunções da Sra. Ayoubi
A ONU promoveu exame das políticas de proteção à criança no Brasil e aproveitou para intrometer-se na administração da Nação e dar ordens peremptórias
Gregorio Vivanco Lopes 
 










A ONU é sabidamente uma organização inútil; e vai se tornando cada vez mais perniciosa. Sempre a serviço das esquerdas.
Há pouco resolveu intrometer-se na vida dos brasileiros e ditar normas como se fosse um templo de semideuses, que tudo sabem e querem ser obedecidos.
“Nos preocupamos com o que estamos vendo no Brasil”, declarou Hynd Ayoubi Idrissi, relatora do exame brasileiro e perita do Comitê do Direito da Criança da ONU (“O Estado de S. Paulo”, 21-9-15, Jamil Chade correspondente).
O que levou essa senhora marroquina a de repente “preocupar-se” com o Brasil? O que entende ela de brasilidade?

“Crianças” de 17 anos, 11 meses e 29 dias...
A preocupação da Sra. Ayoubi é com o projeto de lei que incrimina aqueles menores de 18 anos que matam, roubam, estupram, invadem etc. Quer salvá-los a todo custo, pois os considera ainda na fase da infância. “A definição de infância fala em 18 anos. Mas estamos preocupados com a proposta de rever para baixo a idade de maioridade penal”, diz ela.
Contudo, ainda que esse projeto não venha a ser aprovado, a “preocupação” da Sra. Ayoubi não cessa. Teme ela que, nesse caso, seja aumentado o tempo de internação dos menores infratores. E um período maior de internação faria mal às “crianças”!
A funcionária da ONU condena, pois, a hipótese “de deixar a idade em 18 anos, mas prolongar as internações [...] Isso representa reduzir a proteção aos menores e não dá uma solução à violência. Apenas a repressão não é a resposta, mas sim a prevenção”.
Ora, não se trata de reduzir a proteção aos menores, isso é um sofisma. Trata-se, isto sim, de penalizar adequadamente quem comete crimes e é responsável pelo que faz. Tão responsável, que já aos 16 anos é considerado com suficiente clarividência para poder votar, discernir os rumos mais adequados para a Nação e escolher seus mais altos dirigentes. Os menores precisam ser protegidos, sim, mas não os criminosos.
Quanto à afirmação de que tornar punível o menor de 18 anos “não dá uma solução à violência”, é outro sofisma. É claro que não se resolve só com isso o problema da criminalidade. Como também não se soluciona a violência com punir os maiores de 18 anos! Isso significa que ninguém deve ser punido e que todos os bandidos devem ficar soltos?
A esse respeito é muita lúcida a observação do Juiz de Direito, Dr. Alexandre Semedo de Oliveira: “O argumento do ‘não resolve’, pura e simplesmente, não se aplica à discussão. Pois, ao menos até onde eu saiba, ninguém defende a redução da maioridade penal para ‘resolver’ o problema da delinquência entre nossos jovens. Ao contrário, defende-se tal redução porque punir adolescentes pelos atos bárbaros que cometem é um imperativo da justiça, que teria ainda, como efeito colateral desejável, uma redução no índice de criminalidade entre os adolescentes.” (https://veritasquae.wordpress.com/2015/05/25/a-reducao-da-menoridade-penal-e-o-argumento-do-nao-resolve/)
De outro lado, não vemos por que escolher entre prevenção e repressão, como faz a representante da ONU. Utilizem-se as duas. Aliás, uma prevenção que consistisse em ensinar às crianças e aos adolescentes a moral católica, poderia dar frutos excelentes. Porém, disso não cogita a Sra. Ayoubi.
Mas a marroquina parece habituada a mandar. Pois sentencia, em tom imperativo: “Queremos saber o que o Brasil vai fazer em relação a essa proposta. Sabemos que existem pressões. Mas queremos que a idade de maioridade penal seja mantida em 18 anos.”

Incomodada com o conservadorismo
Para a Sra. Ayoubi, o que se vê no Brasil nos últimos anos é “o fortalecimento de tendências muito conservadoras entre as forças políticas. Isso pode ameaçar os avanços realizados na proteção da criança nos últimos anos”.
Tal apreciação mais parece um bestialógico do que outra coisa. Que há uma tendência conservadora entre os políticos, como decorrência de um considerável aumento do conservadorismo na opinião pública, é de toda evidência. Mas concluir daí que isso ameaça a proteção da criança, é totalmente disparatado. São as famílias conservadoras as que mais protegem seus filhos. A menos que essa senhora marroquina ache (estamos em pleno campo do “achismo”) que proteger a criança é dar-lhe liberdade para cometer crimes e sugestioná-la a aceitar aberrações como a Ideologia de Gênero, a depravação sexual e quejandos.
A diminuição do número mastodôntico de ministérios no Brasil — eram nada menos do que 39, cada um com seus departamentos, suas secretarias e seus gastos — seria um meio de diminuir as despesas de um Estado que o PT tornou combalido, e de favorecer um necessário ajuste fiscal. Mas a Sra. Ayoubi não quer essa diminuição. Ela está “preocupada” com o “setor social”: “Temos uma preocupação com o que ocorre dentro do estado brasileiro, no que se refere a propostas de que departamentos e secretarias seriam eliminados [...] Estamos cada vez mais preocupados com os ajustes no orçamento e o impacto que ele possa ter no setor social, de saúde e de educação”.

Por detrás da ONU, o PT?
É tão estapafúrdia essa intromissão da ONU em assuntos brasileiros que causa desconfiança. Tanto mais que as posições da marroquina são consonantes com as do PT. Cabe a hipótese de que teria sido o governo do PT que pediu à ONU tais pronunciamentos, a fim de ver reforçadas suas posições esquerdistas no Brasil.
A favor dessa hipótese vemos que a “mão” do PT aparece claramente no assunto. Essas injunções da Sra. Ayoubi foram feitas porque a ONU “iniciou o exame das políticas de proteção à criança no País”. Ora, “o governo brasileiro, durante o exame, garantiu que vai lutar contra [a redução da maioridade penal] no Congresso. ‘O Brasil enfrenta uma grande ameaça e é um risco que está no Congresso Nacional’, concordou Rodrigo Torres, diretor do Departamento de Políticas Temáticas dos Direitos da Criança. ‘O governo entende que a maioridade não pode ser alterada e, por isso, deve ser mantida’”, disse Torres de modo redundante.
Ademais, o governo petista esteve fartamente representado durante o tal exame. “Além de diplomatas, a delegação brasileira contou com representantes de diversos ministérios e até com a participação de Eduardo Suplicy, secretário de Direitos Humanos do Município de São Paulo”. O que faz aí um secretário municipal, derrotado nas últimas eleições? Só parece explicar-se pelo fato de o Sr. Eduardo Suplicy ser um petista roxo.
Seja como for, a equação inutilidade da ONU+esperteza do PT=desastre para o Brasil”, parece ser a mais verossímil nisso tudo.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM


Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)