Quando estive em São Paulo, conversei com simpático casal, descendente de antigos emigrantes italianos.
A meio da conversa, a senhora, declarou-me que, agora, também era portuguesa.
Perguntei-lhe como conseguira, já que a supunha descendentes de italianos.
- É uma longa história… - disse-me o marido.
E narrou-me como obteve a cidadania portuguesa:
Como quase todos têm duas ou três nacionalidades, no Brasil, também minha mulher quis ter passaporte europeu. Tentei junto do consulado italiano, mas não foi possível descobrir a localidade onde nasceram os antepassados.
Fiz várias tentativas: escrevi cartas, mandei mensagens electrónicas… mas nada. Sem certidão de nascimento dos ascendentes, nada feito.
Foi então que alguém se lembrou que u
m dos meus avós era português, natural de Barcelos.
Desloquei-me ao consulado de Portugal e após varias pesquisas infrutíferas, consegui descobrir a aldeia onde nascera.
Depois foi fácil. Decorrido tempo recebi documento dizendo que tinha nascido em Lisboa!
- Qual o interesse em ser europeu?! - Perguntei.
- Pode-se viajar livremente pela Europa - Respondeu prontamente. - Os filhos e netos podem adquirir também a nacionalidade, e concorrer a empregos na Europa; e, como sabe, como cidadão europeu, posso ser internado em hospitais do primeiro mundo, quase gratuitamente….
- Mas a esposa continua brasileira? ….
- Não! - Corrigiu o meu interlocutor. Como é casada, agora, com um português, passou também a sê-lo.
Fiquei a pensar: com essa facilidade, qualquer dia, os europeus, serão, em estatística, os maiores do mundo! …
HUMBERTO PINHO DA SILVA - Porto, Portugal
publicado por solpaz às 11:44
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