quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MANIFESTAÇÃO DE APOIO DA PRESIDÊNCIA DO SENALBA MS À PRESIDENTA DO SENALBA PI



de: Maria Joana Pereira mariajoanabarreto@hotmail.com
para: Luiz Carlos Nogueira , nogueirablog@gmail.com,

data: 25 de outubro de 2012 20:13
assunto: URGENTE: Apoio à companheira do SENALBA/PI
enviado por: hotmail.com


BOA NOITE,

VEJA O QUE ACONTECEU NO PIAUÍ, ABRAÇOS JOANA

Apoio à companheira do SENALBA/PI


Companheiros,

Recebemos o relatório da sindicalista Carmem Siqueira de Oliveira, presidenta do SENALBA  do Piauí, no qual relata a postura anti-sindical da empresa SENAC-PI. Indignados com a perseguição patronal, redigimos uma Carta de Repúdio - em anexo - e a encaminhamos ao presidente do SENAC.

Espero contar com a mobilização de todos para somarmos força em prol da nossa companheira, para que a empresa deixe de praticar assédio moral contra a representante sindical.
Juntos, somos fortes! Vamos fazer a nossa parte para que tal prática não venha a acontecer com dirigentes  de outros SENALBA’S.


Atenciosamente,


Maria Joana Barreto Pereira

Presidenta do SENALBA/MS


Relatório da Presidenta do Senalba do Piauí:


Relatório Carmen Siqueira de Oliveira – Presidente do Senalba Piaui


1-Nome- Carmen Siqueira de Oliveira,

2-Servidora do SENAC-PI

3-Admitida em 06.04.1992

4-Cargo ou função: Auxiliar Administrativo

5-No mês de junho de 2012 o SENAC-PI alterou o meu contrato de trabalho para 40 horas semanais, isto é, 08 horas diárias, pois anteriormente eu trabalhava 06 horas diárias, possibilitando assim tempo suficiente para a administração do SENALBA-PI. Contudo, o SENAC-PI exigiu que eu trabalhasse as 08 horas ou pedisse licença sem remuneração, o que de fato aconteceu a partir do dia 08 do mês de agosto de 2012.

6-Infelizmente o SENALBA-PI não dispõe de receita para que eu possa receber qualquer tipo de ajuda, salário.

7-Anteriormente a estes fatos fui demitida 03 vezes.


Em junho de 2001 fui demitida por justa causa, pois estava à frente da criação do Senalba. 45 dias depois retornei ao trabalho por via judicial; 06 meses depois fui demitida, retornando 13 meses por via judicial. Nesse tempo fui suspensa 02 vezes por desacato, mau desempenho, por entrar na sala de trabalho fora do expediente, a ultima acusação por tratar a parte docente e discente respeitosamente. (veja só é muita gente sendo destratada, isso quer dizer: colegas de trabalho, alunos e professores)


Em 19 de junho de 2009, surgiu varias denuncias no TCU/CGU fui demitida mais uma vez acusada de ser a mentora de tais denuncias, de falar mal da administração, de ofender a honra do presidente do Sistema Fecomercio- PI. Tendo como peso um memorando de uma colega de trabalho que dizia estar presente quando eu estava difamando o presidente. Quando o assunto esquentou ela (colega) pediu demissão. Aberto inquérito administrativo apuraram que havia cometido os delitos. Sendo demitida por justa causa. Em dezembro de 2009, a Justiça do Trabalho determina meu retorno, o SENAC não me recebe de volta, então o TRT bloqueia indenização por danos morais e descumprimento de ordem judicial ao SENAC. Depois que fora liberado a importância ao meu favor o SENAC não se conformou e começou o desconforto. Trabalhava 6 horas, na telefonia, me tiraram da telefonia e colocaram no caixa (Tesouraria), no caixa eu não podia nem me mexer, se havia qualquer assunto do Senalba não tinha quem respondesse, pois era esta a intenção, me bloquear. A função de caixa era exercida no Prédio Av. Frei Serafim, no lugar havia uma portinha, ao abrir dava de cara com as fossas. Quando acionava a descarga de qualquer parte do prédio parecia que ia cair em cima de quem La esta trabalhando, sem falar no mau cheiro, mais um fato extremamente humilhante. Feito pedido de fiscalização ao SRT-PI, a fiscalização foi e o SENAC não gostou. Tirou-me da função de caixa e determinou ou eu trabalhava 08 horas ou pedia licença sem vencimento, pois eu era uma funcionaria que só trazia problemas e prejuízo para a Instituição. Então, não tinha outra forma de continuar no SENAC. A pressão sofrida, as humilhações, os colegas de trabalho que deixavam de falar comigo por medo de represália. As idas à psiquiátrica, psicólogo, os remédios para dormir, nada disso vale a pena. O afastamento me trouxe outros problemas, o financeiro, por lado estou mais calma e buscando junto com o Senalba Piauí, melhores condições de trabalho, para a base.


Quero dizer a quem receber essa carta, que tive muito medo, que por alguns momentos pensei em desisti, mas que o comprometimento com a atividade sindical, com meus companheiros, com os amigos que fiz por todo o Brasil, me faz lutar e acreditar que dias melhores virão. Que outros obstáculos virão que desisti jamais fará parte da minha árdua trajetória.

8- Portanto, é de suma importância que todos os SENALBA's do país façam pressão para que eu possa conseguir a minha liberação e tenha os meus vencimentos pagos pelo SENAC-PI.

Peço que cada um que receber esse email que repasse meu relato a cada Senalba, que a corrente seja em prol do respeito ao trabalhador, da dignidade, da liberdade sindical. Aquele que puder e quiser ajudar agradecemos desde já.

Muito obrigada

Abraços

Carmen Siqueira de Oliveira

Presidente do SENALBA - PI



Carta do SENALBA MS, ao Sr. Dr. Francisco Valdeci de Souza Cavalcante, Presidente Executivo do Conselho Regional do SESC/SENAC do Estado do Paiauí, manifestando repúdio.



Campo Grande – MS, 25 de outubro de 2012.






ILMº. SR.

DR. FRANCISCO VALDECI DE SOUSA CAVALCANTE

PRESIDENTE EXECUTIVO DO CONSELHO REGIONAL DO SESC/SENAC DO ESTADO DO PIAUÍ












SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ENTIDADES CULTURAIS, RECREATIVAS, DE ASSISTENCIA SOCIAL, DE ORIENTAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, inscrita no CNPJ sob o nº 01.534.858/0001-07, situada a Rua Pimenta Bueno, nº 299, Bairro Amambaí, (CEP 79005-020), na cidade de Campo Grande-MS, através de sua diretora presidenta Maria Joana Barreto Pereira, vem, mui respeitosamente perante esta instituição expor e ao final requerer o seguinte:




Esta entidade sindical, tomou conhecimento da situação vivenciada pela Dirigente Sindical CARMEN SIQUEIRA DE OLIVEIRA, de demissão sumária a partir da criação do SENALBA-PI, no ano de 2001, assim como as sucessivas demissões exclusivamente ao que tudo indica pela sua condição de sindicalista e pelo exercício efetivo de seu mandato em defesa da categoria que representa.




O SENALBA-MS, vem manifestar perante esta instituição seu mais absoluto repúdio à conduta anti- sindical de que esta dirigente vem sendo vítima nesse Estado, como se a proteção constitucional e a dignidade da pessoa humana, amplamente previstas em nossa Lei Maior, não fossem aplicáveis nas relações de trabalho nesta unidade da federação desta grande nação chamada Brasil.




Não é crível que em pleno Século XXI, em que houve indiscutível avanço nas relações de trabalho, que uma representante da categoria, uma trabalhadora que se propõe a representar os empregados, seja tratada como uma pária da sociedade, de forma humilhante, simplesmente por fincar bandeira em defesa da classe trabalhadora.




Aliás, remonta à Ditadura Militar, quando os sindicatos sofreram fortes perseguições e receberam intervenção do governo militar. Nesta época, o movimento sindical enfrentou a clandestinidade em razão das perseguições.




Por tais motivos os trabalhadores do SENALBA do Estado de Mato Grosso do Sul, se solidarizam com a trabalhadora e Presidenta do SENALBA - PI, esperando que cessem as perseguições que a mesma tem sido vítima, e, inaugurando uma nova fase de diálogo social entre esta instituição patronal e a representante dos trabalhadores;




Aliás, que esse diálogo social seja um instrumento de participação democrática dos atores no mundo do trabalho, SENAC-PI e SENALBA–PI, através de negociações coletivas, com a finalidade de promover uma política de fomento a paz social e trabalhista visando impulsionar o crescimento econômico.




Os atores sociais devem fazer esforços para conversar uns com os outros, a fim de construir um elo de cooperação entre eles, para juntos poderem encontrar respostas eficazes aos desafios do trabalho e criar condições para uma boa gestão da economia local, sempre com o compromisso de assegurar o pleno respeito às normas de trabalho e do trabalho digno.


Esta postura tem sido apresentada pela dirigente CARMEN SIQUEIRA DE OLIVEIRA, mas lamentavelmente a recíproca não tem sido verdadeira, de modo que o SENALBA-MS reitere-se não somente se solidariza com a luta incansável desta digna trabalhadora, como também pede ao SENAC-PI que em sintonia com os novos tempos que norteiam as relações de trabalho, que ofereça tratamento digno e compatível com a importância não somente do trabalho prestado pelo empregado, esta peça imprescindível na engrenagem chamada empresa, mas, sobretudo, a Sindicalista CARMEN SIQUEIRA DE OLIVEIRA, que com sua luta já se transformou em exemplo de resistência a ser seguido no país inteiro pelo movimento sindical.




Por fim, aguardando uma mudança de postura desta entidade, com respeito às prerrogativas que o dirigente sindical possui, e aos valores fundamentais da República, de dignidade da pessoa humana e valores sociais do trabalho é que o SENALBA-MS, vem a público e a este SENAC do Estado do Piauí, solicitar que cessem as condutas anti sindicais e que se inaugure uma nova fase de diálogo social, com a maior representante da categoria e também empregada CARMEN SIQUEIRA DE OLIVEIRA, a fim de que esta relação seja o embrião de avanços nas relações de trabalho, com indiscutível benefício tanto para classe trabalhadora que o SENALBA-PI representa como para esta entidade patronal.




Sem mais para o particular momento, firmamo-nos mui

respeitosamente.






MARIA JOANA BARRETO PEREIRA

PRESIDENTA DO SENALBA-MS

Esta matéria é de exclusiva responsabilidade da Presidência do SENALBA MS

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