quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Academia Brasileira de Letras discorda da posição do MEC

ABL discorda da posição do MEC


A Academia Brasileira de Letras divulgou nota oficial na qual discorda da posição do Ministério da Educação quanto aos livros didáticos de Língua Portuguesa que buscam justificar a falta de necessidade de observação das normas cultas do idioma.


"O Cultivo da Língua Portuguesa é preocupação central e histórica da Academia Brasileira de Letras e é com esta motivação que a Casa de Machado de Assis vem estranhar certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos Fundamental e Médio com a chancela do Ministério da Educação, órgão que se vem empenhando em melhorar o nível do ensino escolar no Brasil.


Todas as feições sociais do nosso idioma constituem objeto de disciplinas científicas, mas bem diferente é a tarefa do professor de Língua Portuguesa, que espera encontrar no livro didático o respaldo dos usos da língua padrão que ministra a seus discípulos, variedade que eles deverão conhecer e praticar no exercício da efetiva ascensão social que a escola lhes proporciona. A posição teórica dos autores do livro didático que vem merecendo a justa crítica de professores e de todos os interessados no cultivo da língua padrão segue caminho diferente do que se aprende nos bons cursos de Teoria da Linguagem. O nosso primeiro e grande linguista brasileiro, Mattoso Câmara Jr., nos orienta para o bom caminho nesta lição já de tantos anos, mas ainda oportuna, a respeito da qual devem refletir os autores de obras didáticas sobre a língua materna: "Assim, a gramática normativa tem o seu lugar no ensino, e não se anula diante da gramática descritiva. Mas é em lugar à parte, imposto por injunções de ordem prática dentro da sociedade. É um erro profundamente perturbador misturar as duas disciplinas e, pior ainda, fazer linguística sincrônica com preocupações normativas" (Estrutura da Língua Portuguesa, 5). O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o Ministro tão justamente aspira."



17/5/2011


Fonte: Site da Academia Brasileira de Letras – Clique aqui para conferir


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2 comentários:

  1. Pronto, se esse livro for para as escolas, aí é que o acordo ortográfico Brasil/Portugal irá para os banheiros da Torre de Babel. Isso faz bem os gostos dos lobisomens e das mulas-sem-cabeça. Teremos vários “Brasis”, cada um com o seu dialeto. É bom lembrar que cada pessoa alcança notoriedade por aquilo que faz ou produz.PONTO.

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  2. se todos fosse como vc o brasil já estaria rico com seu modo besta de pensa... pois e por isso que tem muitas pessoas estudadas mas não sabe fazer nada da sua própria área. como acordo ortográfico brasil/ portugal que não interessa ninguém e dou mais valor a uma gíria, já que vc não sabe o que e isso.

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